quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Vou esperar por ti!"

Vou esperar por ti!
Junto ao telhado, onde possa ver a Lua e as estrelas,
Onde possa fluir e esquecer.
A paixão e a confiança, oh quem me dera tê-las
Confiando que chegarias para acabar com meu sofrer.
E subo o mais que posso, até onde o telhado me deixa ir
E por mais que tente… não dá para mais subir!
Daqui não vejo o mundo, tampouco te vejo a ti!
Mas na pura da loucura, subi, subi…
Até meus pés se elevarem, e não mais senti o chão,
Até meus braços se libertarem, tendo a bater o coração…
E de repente sou leve, serei estrela ou nova Lua?
Serei algum dia tua?
Mas olho então para mim naquele tumulto
Não vejo mais senão um vulto.
E numa precipitada conclusão
Como quem não gosta de ouvir não
Desmenti tudo o que o Homem dissera
Tudo o que era quimera
E gritei bem alto: “eu sei voar”.
E voava para ti, até sentir tal dor
Que parti em metade o meu ser sofredor.
Meu corpo dorido estendido no chão
Deixava sair minha alma num enorme clarão.
Por um último instante senti
O que era viver aprisionada
E agora sim voava…
Encontro-me no céu espreitando para baixo
Vejo agora tudo… um tudo incompleto
Pois não te vejo neste mundo tão repleto!
Será que existes?
Ou criei-te para me dar um amor que prometi?
Sejas o que fores…
Vou esperar por ti!


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