segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Para Sempre, Meu Amor"

|Este poema foi escrito com base na história dos meus pais|


(-Amas-me?)

Tinha receio de lhe perguntar.

Ela, que sonhava com amor eterno,

Sentia medo de que ele pudesse não a amar…

Teria de renunciar um futuro terno.

Ele, que acreditava que o amor não se dizia

Apenas se sentia,

Parecia algo frio e distante…

Mas ele não escolhera amar,

Foi ela que chegou com uma vivacidade tão penetrante

Que lhe foi impossível escapar.

Não se deu conta que lhe abriu o coração;

Já ela, só da primeira impressão

Já o tinha guardado em si

E em pensamentos lhe dizia:

(-Eu amo-te é a ti!)

Quis o destino que fosse ela a lutar,

Que fosse ela a sofrer,

Enquanto ele a amava sem dizer…

Talvez porque não o soubesse,

Mas queriam-se ainda que ninguém o dissesse.

Atraiam-se por tanto e por tão pouco,

Ela, sentimentalista e sempre sonhando,

Ele, racional e achando o sonhador louco,

Foram-se amando…

O pensamento dela voava indefinido

E ela queria algo mais concreto,

Algo que já há muito havia querido.

E perguntou tão baixo como sendo secreto:

“-Amas-me?

E ele, tentando não separar a razão

Dos sentimentos do seu coração,

Respondeu um tanto acolhedor:

“-Neste momento… Para sempre meu amor!”